Confira na íntegra:
Job rotation, em inglês, significa rotação de trabalho. Nesse sistema, os colaboradores atuam em diferentes departamentos durante períodos predeterminados, para que aprendam na prática os desafios de cada setor estratégico da organização.
O grande objetivo do job rotation é preparar os colaboradores para desafios futuros, desenvolvendo neles uma visão abrangente do negócio. A duração do programa varia conforme a organização da sua empresa, mas pode ser de um dia, um mês ou até seis meses. Apesar de ser mais comum em multinacionais, a prática pode ser adaptada para empresas de todos os portes e segmentos — basta avaliar as necessidades do negócio e planejar uma rotação adequada à sua realidade.
Esse tipo de prática oferece muitas vantagens tanto para o funcionário, quanto para a empresa. No entanto, é preciso tomar certos cuidados para que não gere insatisfação na equipe ou efeitos opostos aos desejados. Veja, abaixo, os principais prós e contras dessa prática corporativa:
Vantagens: Profissionais que fazem job rotation terminam o processo com um entendimento muito mais completo do negócio da empresa. Afinal, em vez de se dedicarem apenas a um tipo de atividade, eles aprendem os processos de diversos departamentos da organização. O aprendizado prático do job rotation é o complemento perfeito para o conhecimento teórico oferecido por treinamentos, cursos e palestras.
Ao testar o funcionário em atividades diferentes, a empresa consegue identificar qual departamento é o mais alinhado com suas aptidões. Fatores como perfil comportamental e desempenho são cruciais para alocar o funcionário certo na área certa. Além disso, o job rotation reduz a monotonia no dia a dia, evita a estagnação e tira o colaborador da zona de conforto, oferecendo a ele a oportunidade de encarar um novo desafio a cada etapa.
Desvantagens: Funcionários mais conservadores podem não gostar da ideia de experimentar novas funções, por se sentirem satisfeitos em seus cargos ou não desejarem sair da zona de conforto. Por isso, a entrada no programa jamais deve ser obrigatória ou feita sem aviso prévio.
Mas como implementar o job rotation na minha empresa? Antes de colocar essa técnica em prática, é importante se ligar em alguns pontos:
Faça uma avaliação prévia dos colaboradores: Para medir os resultados do projeto, é preciso ter um ponto de comparação. Faça uma avaliação das competências técnicas e comportamentais do funcionário antes de o job rotation começar. Assim, ao final do processo, será possível analisar com clareza como o profissional se desenvolveu.
Defina uma sequência lógica para o processo: Para que a prática seja implementada com total eficiência, os departamentos devem ser visitados pelo funcionário dentro de uma sequência lógica. É preciso avaliar o quanto uma área complementa a outra. Por exemplo: se o objetivo for fazer o colaborador compreender as finanças da empresa, desenhe uma trajetória que faça sentido dentro dos processos da organização. Uma boa ordem seria: contas a pagar, contas a receber e, por último, a área fiscal.
Prepare os departamentos e os mentores: Para que a rotação funcione, os departamentos incluídos no processo devem se preparar corretamente para receber os colaboradores temporários. Tudo deve ser planejado para que o funcionário possa aprender sem que o andamento do setor seja prejudicado no período.
Analise os resultados e dê feedback: Ao fim do projeto, solicite um relatório tanto do funcionário quanto dos seus mentores. Isso servirá para o colaborador indicar suas dificuldades e aprendizados, além de destacar em quais departamentos gostaria de ter uma passagem mais longa.
Para finalizar, o job rotation é uma excelente alternativa para treinar colaboradores de forma barata e eficiente. Esse tipo de iniciativa aumenta o dinamismo, a motivação e o preparo dos profissionais na prática, complementando o conhecimento oferecido por cursos e palestras. Por isso, é uma excelente medida para você implementar na sua empresa.
Por Marcelo Furtado – CEO da Convenia
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